segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

01 - 10 ERROS COMETIDOS POR LIDERES


 
 
Dez Erros Cometidos Pelos Líderes
   

Muito do que é escrito hoje sobre a liderança foca no que líderes de alto nível devem fazer, o que é certamente benéfico do ponto de vista teórico e aspiracional.
Mas o que realmente preocupa os líderes no dia-a-dia são os seus próprios erros, eles erram, mas não por serem pessoas más, mas porque, frequentemente, se atrapalham devido à falta de conhecimento, maus hábitos ou muito estresse.

Os erros mais comuns - e, não coincidentemente, os mais danosos - acontecem por causa de interações pessoais equivocadas.
Seguem 10 erros que líderes cometem com as pessoas que tenho observado e que, certamente, você também:

1-   Não dedicar tempo suficiente para criar laços com as pessoas.
                         Um líder que não está humanamente interessado nas pessoas já começa com o pé errado.
                         Um líder conceitualmente interessado nos outros, mas que não dedica tempo para criar laços com elas, tende a não ter sucesso em suas relações - seja com empregados, colegas, clientes ou acionistas.
                         Um laço é uma profunda ligação emocional, diferente de simplesmente gostar de alguém, na verdade, você não tem que gostar da pessoa para se relacionar com ela, mas tem de conhecê-la e entender o que a motiva.

Isso leva tempo e vai além do simples trabalho diário.

2 - Ser indisponível e inacessível.

De fato, líderes precisam delegar tarefas, no entanto, delegar não significa se distanciar emocionalmente.

Líderes que atribuem tarefas e se desligam completamente do projeto acabam abandonando sua equipe.

A boa atribuição de tarefa depende de acessibilidade e conexão contínua.

Você pode manter um tipo de ligação ao sinalizar que está disponível, o que não significa que atenderá imediatamente todas as solicitações.

Você deve criar canais de comunicação e explicar as pessoas como usá-los.

 3 - Não focar no desenvolvimento de talentos.

Frequentemente, os líderes focam exclusivamente na realização dos objetivos da empresa e acabam negligenciando a necessidade inerente do ser humano de aprender.

As pessoas querem expandir suas habilidades e competências ao fazer seu trabalho.

Entenda que a aprendizagem é fundamental para atingir resultados.

Quando você prioriza o aprendizado, você se torna um grande líder, que sabe detectar e desenvolver talentos escondidos nas pessoas, ou seja, você se transforma também em um caçador de talentos.


4 - Não dar feedback sobre o desempenho.

As pessoas têm alto desempenho apenas quando se deparam com sua eficácia.

Líderes muitas vezes ignoram essa necessidade e assim as privam de seus futuros.

Um feedback honesto pode machucar, mas os grandes líderes sabem como relevar e transformar essa dor de tal forma que as pessoas acabam agradecendo, e pedindo mais!

Pessoas talentosas - aquelas que querem aprender - preferem "tomar tapas na cara com a verdade do que serem beijadas na bochecha com uma mentira".

Desenvolva sua capacidade de falar a verdade doa a quem doer e, assim, possibilitará um melhor desempenho.


5 - Não considerar as emoções.

As emoções mais fortes estão relacionadas à perda, decepção, fracasso e separação.

Na verdade, pesquisas indicam claramente que a perda, e até mesmo o medo antecipado da perda, influenciam o comportamento das pessoas muito mais do que potenciais benefícios e recompensas.

Líderes que ignoram as emoções da perda e decepção cometem um erro gravíssimo, que acaba reduzindo em muito o engajamento dos funcionários.

Você pode melhorar muita coisa simplesmente ao se conscientizar destas emoções e demonstrar verdadeiro interesse nas experiências pessoais do indivíduo.


6 - Administrar conflitos ineficazmente.

Conflitos não abordados impedem a cooperação e alinhamento em torno de objetivos comuns.

A tensão, emoções negativas e a polarização se acumulam.

Os conflitos tornam-se "bichos mortos debaixo da mesa": mesmo com todos agindo como se o bicho não estivesse lá, o cheiro permeia todo o ambiente.

Cabe a você, como líder, colocar expor o corpo e enterrá-lo da maneira correta, resolvendo o conflito.

Sua recompensa: um ambiente prazeroso e que pode desenvolver equipes melhores e mais fortes.


7 - Não conduzir a mudança.

Sem mudança, nossas organizações, como todos os organismos vivos, perdem vigor e, por fim, morrem.

Líderes que não impulsionam a mudança colocam suas empresas em sério risco.

Explique os benefícios que as mudanças trarão e saiba que as pessoas não resistem à mudança naturalmente; elas resistem ao medo do desconhecido ou à dor que a transição pode trazer. Seu papel é ser uma base segura, que transmite uma sensação de segurança, estímulo e energia. Em outras palavras, você tem de se importar o suficiente para incentivar a ousadia.

Isto é fundamental.


8 - Não incentivar os outros a assumirem riscos.

Por natureza, o cérebro humano age na defensiva e é avesso ao risco.

No entanto, com a prática, intenção e - mais importante - com modelos positivos, as pessoas podem adaptar sua mente para abraçar os riscos.

Muitos líderes incentivam seus funcionários a permanecerem na área de conforto, ou, como costumo dizer, "jogar para não perder".

Mas os melhores líderes criam confiança suficiente para que os outros se sintam seguros e apoiados para assumirem riscos e "jogar para ganhar".

Esta é uma forma ativa e positiva de se comportar, que promove a mudança e realização.


9 - Motivação mal-entendida.

A maioria das pessoas é movida por "motivadores intrínsecos": desafios, aprender algo novo, fazer uma diferença importante ou desenvolver um talento.

Muitos líderes não aproveitam esse sistema de orientação interna, focando em "motivadores extrínsecos" - como bônus, promoções, dinheiro e recompensas artificiais.

Claro, você tem de pagar as pessoas de forma justa, porém, tenha em mente que tais motivadores externos distorcem o sistema de motivação interna.

Você será um líder melhor quando inspirar as pessoas e passar a entender o que realmente desejam atingir em termos de crescimento e contribuição.


10 - Administrar atividades em vez de liderar as pessoas.

As pessoas odeiam quando são tratadas como peças de uma engrenagem.

No entanto, o gerenciamento se baseia no controle, administração e planejamento de atividades e, portanto, de pessoas.

A liderança, por outro lado, envolve inspirar, incentivar e tirar o melhor das pessoas ao criar confiança e incentivar o risco positivo.

Para ser um líder e não apenas um gerente, você precisa pensar nas pessoas como pessoas.

Isso leva tempo e dedicação, e nos remete aos fundamentos da criação de laços - o erro número um.


Geoarge Kohlrieser é professor de Liderança e Comportamento Organizacional do International Institute Management Development (IMD). Fonte:
http://revistavocerh.abril.com.br/materia/os-10-erros-cometidos-pelos-lideres

 Espero que tenham gostado da leitura e consequentemente tirado proveito deste artigo.
 

Um abraço insubstituível a todos.

 
Luiz Fernandes

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