RUI BARBOSA NO SENADO FEDERAL
EM 1914
Este artigo poderia ter tantos títulos diante de tantos descasos dos
políticos, das autoridades e da apatia de nosso povo.
Fatos históricos para mudar nossas atitudes não faltam, infelizmente os tempos mudam, o país cresceu se desenvolveu em todos os sentidos, porém a educação que é uma das ferramentas ligada diretamente com a evolução do ser humano como cidadão não aconteceu, continuamos no tempo da descoberta e da escravidão.
Continuamos sendo escravos e dirigidos por nobres senhores de senzalas,
muitos dirão que não é verdade, pois vivemos uma democracia, infelizmente continuamos
com as vendas nos olhos nos conformando com as migalhas que nos são jogados,
vivemos iguais as avestruzes que ao primeiro sinal de problemas enfiam a cabeça
em um buraco e ficam lá esperando o resultado, porém já sabemos a muito tempo
como termina a história.
Se já sabemos como termina a história então o que nos falta é atitudes,
atitudes de verdadeiros cidadãos, infelizmente somos um povo de memória curta,
senão vejamos:
O historiador Eduardo Bueno efetuou vários vídeos mostrando várias
irregularidades de políticos na época do império e inicio da república, ele
terminava seus vídeos parafraseando o filósofo espanhol J. Santayana que dizia
“POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA, ESTA CONDENADO A REPETI-LÁ”.
O hino do Rio Grande do sul em um determinado verso diz “POVO QUE NÃO
TEM VIRTUDE, ACABA POR SER ESCRAVO”.
Já RUY BARBOSA em
1914 proferiu diante do Senado Federal um discurso absolutamente extraordinário
acerca da desonestidade e da falta de justiça e muito parecido com a situação
atual, observem.
“A falta de
justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a
origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a
miséria suprema desta pobre nação.
A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça,
Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os
espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente
da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no
acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade,
promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
“De tanto ver
triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a
injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem
chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser
honesto.”
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- PENHA – SC
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