quinta-feira, 1 de maio de 2014

01 - TENHO PENA DE TI


 

RUI BARBOSA NO SENADO FEDERAL

EM 1914

 

Este artigo poderia ter tantos títulos diante de tantos descasos dos políticos, das autoridades e da apatia de nosso povo.
 
Fatos históricos para mudar nossas atitudes não faltam, infelizmente os tempos mudam, o país cresceu se desenvolveu em todos os sentidos, porém a educação que é uma das ferramentas ligada diretamente com a evolução do ser humano como cidadão não aconteceu, continuamos no tempo da descoberta e da escravidão.
 
Continuamos sendo escravos e dirigidos por nobres senhores de senzalas, muitos dirão que não é verdade, pois vivemos uma democracia, infelizmente continuamos com as vendas nos olhos nos conformando com as migalhas que nos são jogados, vivemos iguais as avestruzes que ao primeiro sinal de problemas enfiam a cabeça em um buraco e ficam lá esperando o resultado, porém já sabemos a muito tempo como termina a história.

Se já sabemos como termina a história então o que nos falta é atitudes, atitudes de verdadeiros cidadãos, infelizmente somos um povo de memória curta, senão vejamos:
O historiador Eduardo Bueno efetuou vários vídeos mostrando várias irregularidades de políticos na época do império e inicio da república, ele terminava seus vídeos parafraseando o filósofo espanhol J. Santayana que dizia “POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA, ESTA CONDENADO A REPETI-LÁ”.

O hino do Rio Grande do sul em um determinado verso diz “POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE, ACABA POR SER ESCRAVO”.


Já RUY BARBOSA em 1914 proferiu diante do Senado Federal um discurso absolutamente extraordinário acerca da desonestidade e da falta de justiça e muito parecido com a situação atual, observem.

“A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.

A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.

A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”


 Um abraço insubstituível

 Luiz Fernandes

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